domingo, 27 de setembro de 2015

Salve a Linha das Crianças ! Saravá a Ibejada !

    Quando falamos na linha das crianças, estamos falando de uma das linhas mais próximas do Divino Criador. Muitas entidades que atuam sob as vestes de um espírito infantil, são muito amigas e têm mais poder do que imaginamos. Como não são levadas muito a sério, o seu poder de ação fica oculto, são conselheiros e curadores, por isso foram associadas à Cosme e Damião, curadores que trabalhavam com a magia dos elementos.


    As Crianças na Umbanda são espíritos que já estiveram encarnados na terra e que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns da Umbanda.
   Na sua maioria, foram espíritos que desencarnaram com pouca idade terrena, por isso trazem características de sua última encarnação, como o trejeito, a fala, o gosto por brinquedos e doces. assim como todos os servidores dos Orixás, elas também tem funções bem específicas, e a principal delas é a de mensageiro dos Orixás. E a prática natural da caridade.
    Quando incorporadas num médium, gostam de brincar, correr e fazer brincadeiras como qualquer criança.
     É necessária muita concentração do médiuns, para não deixar que estas brincadeiras atrapalhem na mensagem a ser transmitida.
    Alguns deles incorporam pulando e gritando, outros descem chorando, outros estão sempre com fome ...
    A Falange das Crianças é uma das poucas falanges que consegue dominar a magia. Embora as crianças brinquem, dancem e cantem, exigem respeito para o seu trabalho, pois atrás dessa vibração infantil, se escondem espíritos de extraordinários conhecimentos. Imaginem uma criança com menos de sete anos possuir a experiência e a vivência de um homem velho. A entidade conhecida na umbanda por “Erê “ é assim. Faz tipo de criança, pedindo como material de trabalho chupetas, bonecas, bolinhas de gude, doces, balas e o refrigerante e trata a todos por Tio e Vô. Os Erês são, via de regra, responsáveis pela limpeza espiritual do terreiro.
    Segundo a lenda, são filhos de Iemanjá, a rainha das águas e de Oxalá, o pai de toda a Criação. São a alegria que contagia a Umbanda; são a pureza, a inocência e, por isso mesmo, os detentores da verdadeira magia, extremamente respeitados pelos Caboclos e pelos Pretos-Velhos. Uma característica marcante na Umbanda em relação às representações de São Cosme e São Damião é que junto aos dois santos católicos aparece uma criancinha vestida igual a eles. Essa criança é chamada de Doúm, que personifica as crianças com idade de até sete (7) anos, sendo ele o protetor das crianças nessa faixa de idade.


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