terça-feira, 29 de setembro de 2015

Kaô meu Pai Xangô!

Xangô- Senhor da Justiça, Rei das Pedreiras, 
dos Raios e Trovões e das Forças da Natureza.

Xangô é miticamente um rei, alguém que cuida da administração, do poder e, principalmente, da justiça – representa a autoridade constituída no panteão africano. É pesado, íntegro, indivisível, irremovível;
com tudo isso, é evidente que um certo autoritarismo faça parte da sua figura e das lendas sobre suas determinações e desígnios.
Suas decisões são sempre consideradas sábias, ponderadas, hábeis e corretas. Ele é o Orixá que decide sobre o bem e o mal.
Xangô tem a fama de agir sempre com neutralidade, Seu raio e eventual castigo são o resultado de um quase processo judicial, onde todos os prós e os contras foram pensados e pesados exaustivamente.
É a ideologia, a decisão, à vontade, a iniciativa,a rigidez, organização, o trabalho, a discussão pela melhora, o progresso social e cultural, a voz do povo, o levante, à vontade de vencer. Também o sentido de realeza, a atitude imperial, monárquica. É o espírito nobre das pessoas, o chamado “sangue azul”, o poder de liderança. Para Xangô, a justiça está acima de tudo e, sem ela, nenhuma conquista vale a pena; o respeito pelo Rei é mais importante que o medo.
O símbolo do Axé de Xangô é uma espécie de machado estilizado com duas lâminas, o Oxé, que indica o poder de Xangô, corta em duas direções opostas. O administrador da justiça nunca poderia olhar apenas para um lado, defender os interesses de um mesmo ponto de vista sempre. Numa disputa, seu poder pode voltar-se contra qualquer um dos contendores, sendo essa a marca de independência e de totalidade de abrangência da justiça por ele aplicada.
Xangô exerce uma influêcia muito forte em seu filho. Todos os Orixás, evidentemente, são justos e transmitem este sentimento aos seus filhos. Entretanto, em Xangô, a Justiça deixa de ser uma virtude, para passar uma obsessão, o que faz de seu filho um sofredor, principalmente porque o parâmetro da Justiça é o seu julgamento e não o da Justiça Divina, quase sempre diferente do nosso, muito terra. Esta análise é muito importante.
O filho de Xangô apresenta um tipo firme, enérgico, seguro e absolutamente austero. Quando o filho de Xangô consegue equilibrar o seu senso de Justiça, transferindo o seu próprio julgamento para o Julgamento Divino, cuja sentença não nos é permitido conhecer, torna-se uma pessoa admirável. O medo de cometer injustiças muitas vezes retarda suas decisões, o que, ao contrário de lhe prejudicar, só lhe traz benefícios. O grande defeito dele é julgar os outros. Se aprender a dominar esta característica, torna-se um legítimo representante do Homem Velho, Senhor da Justiça, Rei da Pedreira.

Outras Informações:

Sincretismo: São Jeronimo, São João Batista e São Miguel Arcanjo
Data Comemorativa: 30 de Setembro
Dia da Semana: Quarta-Feira
Cor: Marrom ou Branco e Vermelho
Saudação: Kaô Cabecile (Opanixé ô Kaô)
Simbolo: Machado
elemento: Fogo
Flores: Cravos Vermelhos e brancos
Ervas: Erva de São João, Erva de Santa Maria, Beti Cheiroso, Nega Mina, Elevante, Cordão de Frade, Jarrinha, Erva de Bicho, Erva Tostão, Caruru, Para raio, Umbaúba, Xequelê
Ponto da Natureza: Pedreira ( Pedras )
Metal: Estanho.
Pedra: Meteorito, Pirita e Jaspe.
Comida: Agebô, Amalá
Bebida: Cerveja Preta


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