Na nossa Umbanda querida as nossas guias são colares coloridos que são utilizados nos trabalhos, fazendo parte do fundamento de todo Umbandista.
São verdadeiros para-raios em defesa dos médiuns.
É um objeto no qual os Guias e Protetores imantam com determinada força para servirem de instrumentos em ocasiões precisas.
É uma das ferramentas utilizadas pelos médiuns, como defesa, pois no cotidiano acaba se deparando e entrando em contato com energias às quais ele não poderia suportar, ai entra a proteção da guia, pois, por ser de um material atrativo (é preparada para isso) a guia recebe toda a carga negativa podendo até arrebentar de repente, sem nenhuma explicação aparente.
Por isso que quando vamos a um terreiro, ou quando abrimos os trabalhos defumamos as guias, justamente para descarregar, as energias acumuladas ali.
Mas tem outras finalidades como:
•
Serve como instrumento de ligação psíquica entre Médium e o Espírito;
•
Instrumento de trabalho, na roda de umbanda.
•
Serve como material de trabalho das entidades, atraindo ou emitindo energias...
Historia das guias
O uso de colares, pulseiras e talismãs é tão antigo quanto a própria humanidade.
O uso com respeito de colares confeccionados de forma rudimentar se perde no tempo, tendo começado em eras remotas, então, que fique claro aos umbandistas que o uso de colares ou "guias de proteção" não é uma coisa só da Umbanda ou dos cultos afros aqui estabelecidos.
Um exemplo são os padres da Igreja Católica usam rosários, crucifixos pendurados no pescoço (um colar, certo?), escapulários, etc., assim como todos os sacerdotes, beatos e devotos da religião católica o fazem com seus colares consagrados.
Outro exemplo é que cadáveres eram enterrados com colares, talismãs, etc., pois precisavam proteger seus espíritos no mundo dos "mortos", assim como haviam precisado deles aqui no mundo dos "vivos", e isso acontece até os dias de hoje na cultura ocidental cristã, na qual o uso antigo de colares mágicos e protetores perderam seus fundamentos, sendo substituídos por gravatas, lenços, cachecóis, fitas, etc. que envolvem o pescoço dos vivos e dos cadáveres, certo?
Portanto, nós umbandistas não deveríamos nos sentir constrangidos por usar em público colares ou "guias", pois não é em nada diferente do que todo mundo faz.
Confecção
Somente após serem consagradas as guias poderão ser usadas e estará sendo um amuleto de proteção e instrumento magico nas mãos dos guias.
*Não devemos usar plástico ou tipo de material similar, pois estes não são filtros indicados para o trabalho espiritual.
O que devemos fazer é simples seguir alguns passos:
•
Fabricação
•
Purificação
•
Energização
•
Consagração
Fabricação
O bom seria se agente mesmo fizesse nossas próprias guias, pois já enfiando as contas vai desejando coisas boas. Mas se não tiver como as fazes pode comprar pronta mesmo.
Purificação
Algumas casas passam no amacie (macerado de ervas), outra maneira é na água pura (chuva ou mineral), água com mel ou ainda cada guia pede como é feita a sua purificação.
Energização
É velar as guias, para que ela receba a energia do fogo. É o memento de fazer oração, e pedir coisas boas.
Consagração
Depois de tudo pronto e feito, entregar para os guias para que eles passem as energias necessárias para as guias.
*Pode ser deixado no Conga por um determinado tempo para receber a energia
Importante
•
Normalmente, quem da às ordens para a fabricação das guias são o nosso guias espirituais e cada linha tem suas cores especificas, normalmente segue a do seu orixá Regente.
•
Essas ordens podem vir do guia em terra, ou mesmo por suas varias manifestações mediúnica.
ATENÇÃO:
1.
Nossas guias são nossas ferramentas na caridade espiritual. Devemos cuidar e respeitá-las. Elas são a nossa força e nossa fé. Elas são nosso escudo de amor e paz. Cada guia que usamos revela o que queremos, para que estamos aqui e o que pretendemos ao usá-la. Então irmãos, vamos cuidar sempre, de uma a uma, com muito amor, paciência e humildade.
Texto: Amanda Noguez